segunda-feira, 11 de março de 2013

A Beleza da Geometria (Lição 2)

Patchwork é pura geometria. E quando as formas se encaixam com perfeição o trabalho flui como música... Mas esse processo tem seu preço: encaixar retalhos de tecidos é como brincar com lego: tudo tem ser no tamanho certinho - só assim é divertido!

Então, sem mais delongas (já que o blog ficou parado tempo suficiente), vamos aprender a lidar com essa geometria? Antes das férias eu havia começado a ensinar a elaboração e cálculo de um painel de Natal (clique aqui para ver a postagem), e agora vamos retomar do ponto em que paramos.

Revisando só um pouquinho: Já aprendemos que esse painel medirá 20 polegadas, e já vimos as proporções dentro da grade invísivel (os quadrados da grade imaginária medem quatro polegadas cada):

Vimos também que cada bloco encaixa certinho em uma grade:


Agora vamos entender um pouco como se forma o design de um bloco em patchwork. Eles são compostos por sub-unidades que cabem dentro dos quadradinhos da grade, e estas são as mais comuns:

Voltando à comparação com receitas culinárias que usei na lição anterior: estes são os "ingredientes" mais usados na receita de nosso "bolo": quadrados, retângulos, triângulos perfeitos e gansinhos. Eu chamo de triângulos perfeitos aqueles que, se unirmos em pares, resultarão em um quadrado; e gansinhos (em inglês, "flying geese"), são triângulos dentro de retângulos.

Mas e as outras formas? Os trapézios, hexágonos, triângulos equiláteros e isósceles, losangos e tantas outras? Essas formas podem ser costuradas também, mas eu particularmente não recomendo as técnicas tradicionais do patchwork nesses casos; existem técnicas complementares que preservam nossa sanidade mental - foundation e EPP, principalmente - e falerei delas no futuro.

Vamos voltar às formas básicas: se você sabe confeccionar as sub-unidades e imagina uma grade, já dá para inventar muita, muuuuuita coisa; as grades podem ser de quantos quadradinhos você quiser:


As possibilidades são infinitas!

Agora olhe novamente para nossos bloquinhos natalinos acima: você consegue identificar as sub-unidades que formam os blocos? Aposto que sim! Na lição anterior já vimos que somos nós que atribuímos o valor desejado aos quadradinhos da grade imaginária, de forma que a soma do tamanho das sub-unidades resulte em um bloco de tamanho apropriado para o projeto que temos em mente. Aí já podemos saber quanto mede cada pedacinho de pano que compõe o design. Poréeeeeem.... tem sempre um porém, né?

NÃO PODEMOS CORTAR OS PEDACINHOS DE TECIDO NO TAMANHO DA PEÇA FINAL. Temos de acrescentar uma margem de costura. Essa margem será sempre, SEMPRE, um quarto de polegada. E agora vem a boa notícia:

NÃO VAMOS FAZER MOLDES E CORTAR CADA PEDACINHO, UM POR UM, ACRESCENTANDO A MARGEM EM TODA A VOLTA. Nossas avós faziam assim. Hoje, a régua de patchwork já traz todas as linhas de marcação necessárias para cortarmos qualquer peça em qualquer tamanho, e existem três formulinhas super simples que uma boa e sábia cabecinha já calculou para a gente. Na próxima lição vamos aprender a usá-las para determinar os tamanhos das peças dos bloquinhos de Natal.

ENQUANTO ISSO...

...que tal tomar emprestada a caixa de lápis-de-cor das crianças, folhas de papel quadriculado, e brincar um pouco com as sub-unidades que mostrei acima, em azul? Ou você pode recortá-las em papel, também. Experimente, invente seus próprios blocos.

Até a próxima!

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